Mais uma vez a chuva cai forte e traz a destruição
Muitas vidas se foram e outras tantas resistem.
Lares também arrastados pela fúria das águas se vão
Restam os que a defender sua existência insistem.
Estamos nos perguntando: afinal a culpa é de quem?
Ao ver agora a natureza devolvendo a fúria nossa.
De quando devastamos e ocupamos muito além,
Além de tudo e de onde não há mais quem possa.
No desespero da despedida de quem partira
Pergunta-se de quem é a culpa do que acontece.
Chega-se a bradar aos céus diante da divina ira
No momento que o céu desaba e a terra padece.
Se não fosse a força deste povo tão guerreiro,
Menos restaria, além do pouco que de pé restou.
Se não fosse a força do sofrido povo brasileiro,
Diriam que a esperança não existe e o sonho acabou.
Hoje, para milhares, início de uma nova história:
Contemplar a vida, recomeçar do zero, agradecer.
Cultivar novos sonhos, amenizar a triste memória.
E ter fé em fazer ainda melhor cada novo amanhecer.
André Rocha
Verão 2011
Tags: Culpa, Enchente, Esperança, Povo, Recomeço, Rio de Janeiro, Vida
Linda poesia…Parabéns…