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O sangue quente e o amor
Aquece todo feliz amante.
O sangue frio, em noite de dor
O desejar sarar por um instante.
O sangue, líquido perfeito
Se existe, corada face reporta.
Mas se falta muito no peito,
Denuncia outra vítima morta.
Sangue inocente na capa de jornal
É preto no branco, mas lá está.
Não existe cor, e sabemos ser mal.
Sangue inocente vende sem parar
Anuncio da morte tornando normal
O que antes chegava a assustar.
André Rocha
Inverno 2015