Às vezes vem um problema e a raiva embaça a vista.
Cada um para um lado e nem de longe há felicidade.
Não existe um tímido sorriso e ninguém que resista,
Como passar momentos assim se a dor é de verdade?

O problema não chega a ser mera data no calendário
Porque, amanhã, é provável que continue tudo igual.
Claro que não há de se conformar com o sofrer diário
Porque, aí, já seria estar indiferente a tudo que é mal.

Não padecer as dores de um mundo que já não é meu,
Não tentar explicar vastas ideias a quem não entendeu
E assim, mais uma vez, seguiremos sem mais rancores.

Não perecer às ideias de um mundo banal como aqui,
Não tentar entender as vastas ideias que não entendi
E assim, quem sabe, viver novamente nossos amores.

André Rocha
Outono 2014

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