André Rocha em 12/06/12

Em um dia como hoje eu gostaria de ter dinheiro
E comprar um mundo de coisas bonitas para dar.
Mas tudo que pago ou devo, já me toma ele inteiro
Fico sempre, a cada dia destes, sem presentear.

Em um dia destes em que perfume é o cheiro
Talvez cultive, quem sabe uma rosa ou uma flor.
Mesmo que eu não tenha o dom do jardineiro
Bastaria então que eu fizesse com e por amor.

Sem algo no bolso, nem do jardineiro tenho o dom,
Mas presentes se perdem e flores podem secar…
Tenho apenas algo escrito e espero que seja bom.
Tudo para que nunca esqueça ou deixe de me amar.

Deste modo, o que seria da beleza e perfume das flores
Se o motivo de comprá-las ou cultivá-las eu não pudesse saber?
De que valeria comprar o mais caro sem cultivar os amores?
Mas saiba, afinal de contas, tudo a existir no meu mundo é você!

André Rocha
12/06/2012

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André Luiz Gonçalves da Rocha, ou simplesmente André Rocha, brasiliense de corpo, alma e RG! Otimista por natureza, cristão por fé e professor por opção. Nascido em 12 de agosto, dia das artes, e como qualquer brasileiro, personifica a vontade pintar uma obra prima ilustrando sempre um dia melhor que o outro. Também como qualquer brasileiro, um atleta a driblar tudo e todos que competem contra seu bem-viver. Filho, marido, pai, além de faz-de-tudo-um-pouco nas horas de folga. Nas linhas tortas de rimas pobres, alimenta-se de quase todos sentimentos em versos. Em 1992, teve o privilégio de participar e vencer o primeiro concurso de poesias promovido pela Academia Taguatinguense de Letras. Hoje, 20 anos depois, tem novamente o privilégio de participar da Academia, como Acadêmico Benemérito. 

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André Rocha em 10/06/12

Deparei com um problema até então inédito
Ao pensar em algo para um texto redigir.
Como é difícil conceder algum crédito,
Quando afinal o assunto é se auto definir!

Relembro a esperança do tempo de infância,
Apesar da atualidade sempre forçar o inverso.
E ainda que o cansaço aumente a distância,
Sobre a realidade escreverei mais um verso.

Assim, como não falar também sobre o amor,
Se sou parte de um e todos me encantam?!
Se cada jardim um sentimento me inspirou,
Lembrar-me dos males que as flores suplantam.

Então, sou isso, amor, infância, realidade,
Um pouco de revolta, pois há sangue em mim.
Se sou tantos sentimentos e eles são de verdade,
Posso ser imortal no que escrevo e não terá fim.

 

André Rocha
09/06/2012

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André Rocha em 21/04/12

Brasília até hoje melhor não se viu
Suaves formas, frio concreto.
Afinal quem te construiu
Só leva o título de arquiteto?

Brasília de pedra e de flor
Qual seria melhor inspiração?
Brasília também de fel e dor
Quem teria a explicação?

Brasília do herói e do cidadão
Que cada dia a mais tenta viver.
Brasília do burocrata e do ladrão
Quem tentará se defender?

Brasília que tanto se mostra bela
Do passado ao futuro em um segundo.
Apesar do que entristece e traz sequela
Ainda te quero a outro lugar no mundo.

Brasília: mistura da mistura brasileira
Cada cidadão que é acolhido.
E mesmo na passagem mais ligeira
A tudo de bom acaba rendido.

Aos anônimos e aos conhecidos
Minha homenagem!
Aos mártires e alguns esquecidos,
Minha homenagem!
Aos vencedores e aos vencidos,
Minha homenagem!
Aos políticos bandidos,
Minha mensagem!

André Rocha

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André Rocha em 16/04/12

Sim, me canso da luta, do Sol superquente,
Da mídia falando mal do nosso movimento,
Da calma dos que trabalham normalmente,
De todos que dizem não poder dar aumento.

Sim, me canso dos dedos apontados para mim,
Dos que vão à TV para dizer que sou imoral,
Dos que querem da greve sem proposta, um fim,
Dos que difamam a categoria para vender jornal.

Sim, me canso de promessas de campanha,
Mas me canso ainda mais da coisa estranha,
Que é o fingir que em Brasília tudo está bem.

Sim, me canso de tudo que falei, e insisto,
Pois nossa luta é justa e dela não desisto,
Como espero que você não desista também!

André Rocha
Verão/Outono 2012

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